O Pé de Graal
O Pé de Graal
Era assim que lhe chamavam, não lhe conheci outro nome,enquanto ali vivi. Este bom homem vivia ao fundo da minha rua com a sua irmã, a Ti Maria do Lourenço. Tinha um grande problema fisico, tinha um pé com uma dificiencia grave, usava uma bota especial com uma sola muito alta e sem biqueira, devido a esse facto cocheava bastante e daí a sua alcunha . Em virtuda da sua condição, não podia trabalhar como outra pessoa normal, nem nunca casou penso que fosse pela mesma causa, vivendo muito frustrado. O seu trabalho era engraxar sapatos no alto da praça junto ao café do senhor João Rita. Talvez devido ao seu desgosto e tristeza, afogava na bebida os seus problemas, e bebia até caír no chão “era de caxão à cova como diz o povo”. O pouco que ganhava gastava tudo na bebida e em tabaco. Sua irmã é que o ajudava e o tratava com muito carinho e dedicação Eu um dia ao ve-lo caído no chão, junto a uma arvore na praça perto do local onde engraxava ao lado de uma taberna, tentei levanta-lo mas não consegui logo alguem me ajudou a coloca-lo em pé, mas não conseguia caminhar e caia novamente. Fui pedir um carrinho de mão emprestado a uma loja ali proximo e com a ajuda de alguns populares que só faziam era rir, em vez de ajudar, lá o conseguimos colocar no carrinho de mão. Com dificuldade lá o ia transportando devido ao peso e eu ser muito novo e com pouca força, para o efeito, mas na subida junto aos torreões na subida das portas do castelo, fui ajudado pelo senhor José Galvão, que tinha na esquina da rua uma padaria, era uma excelente pessoa : Dizia-me Zé tu és muito pequeno para tanto pêso, tirando-me o carrinho e levado-o ele na subida. Ao chegar à casa dele ao fundo da rua de Santa Maria, è que foi o bom e o bonito, è que os degaus da entrada eram no sentido descendente, muitos e inclinados. Mas com muito cuidado e ajuda da sua irmã, lá o conseguimos meter em casa sem o maguar . O mais engraçado veio a