o publico e o privado na gestao publica
A análise dos textos de Bresser Pereira e Dasso Junior acerca da Reforma Administrativa implantada no Brasil a partir do ano de 1995 nos permitiu o aprofundamento do estudo que, por sua complexidade, não se pode conceber como encerrado, observando-se também a dinâmica requerida para o avanço do setor público. Da mesma forma, o caráter político e polêmico que permeia a discussão não nos permitirá afirmações mais do que pessoais sobre tão importante questão, visto que o ente público quando tratado suscita o debate, se expõe à crítica e aflora os ânimos da natureza humana, sobretudo na democracia.
E este embate de idéias e de ideologias foi o que nos pareceu mais evidente na leitura dos conceituados autores. No esforço de separar a ação técnica do pensamento político nos parece sobrar muito pouco. Em que pese a dificuldade de dissociar-se gestão publica e carreira política, as posições apresentadas pelos autores em momento algum nos pareceram convergir para direção comum. Talvez seja este o motivo de sequer sobre o nome haver consenso entre Dasso Junior e Bresser Pereira. Enquanto este trata o movimento como Reforma Administrativa Gerencial, Júnior denomina de Reforma Ultraliberal.
Para Bresser Pereira a materialização da Reforma Gerencial na primeira gestão do presidente Fernando Henrique Cardoso está amparada no mote da necessidade de reconstrução do Estado e aponta como principais objetivos a redução dos gastos do Governo e da burocracia do setor, a melhoria na eficiência do serviço público e, por conseqüência, um aumento na governabilidade. Na mesma direção, o autor atenta para a necessidade de implementação de ferramentas de gestão para o administrador público que tramitem entre o incentivo e a punição, a gestão técnica como forma de valorizar a méritocracia do servidor e o combate permanente ás práticas contrárias ao Plano Diretor da Reforma Administrativa brasileira.
A engenharia da reforma proposta por