O psicólogo nas políticas públicas
As políticas públicas são um processo dinâmico, com negociações, pressões, mobilizações, alianças ou interesses. Compreende a formação de uma agenda que pode refletir ou não os interesses da população, a depender do grau de mobilização da sociedade civil para se fazer ouvir e do grau de institucionalização de mecanismos que viabilizem sua participação.
As políticas públicas visam responder a demandas, principalmente dos setores marginalizados da sociedade, considerados como vulneráveis. Essas demandas são interpretadas por aqueles que ocupam o poder, mas influenciadas por uma agenda que se cria na sociedade civil através da pressão e mobilização social.
Visam ampliar e efetivar direitos de cidadania, também gestados nas lutas sociais e que passam a ser reconhecidos institucionalmente.
Independente, das dúvidas que se têm em relação à ineficiência e ineficácia do sistema publico e suas políticas, a sociedade é chamada a colaborar e participar dessas políticas. O psicólogo como profissional e cidadão também tem o dever de conhecer e contribuir com sua experiência. O papel do psicólogo vem mudado consideravelmente nas últimas décadas. O psicólogo está deixando de lado aquela visão que seu trabalho é somente entre as quatro paredes de uma clínica. Ele é chamado a participar mais ativamente da vida das pessoas, a perceber as mudanças em sua volta, entender que o sofrimento está em todos os lugares.
Nas políticas públicas não é diferente. Como ela visa em responder a demandas e a preocupação com os interesses da sociedade, e a preocupação com os marginalizados e excluídos, o psicólogo também é uma parte importante desse processo. O compromisso do profissional em psicologia é com o sujeito, é acolhê-lo em todo o seu contexto. É participar ativamente, ter envolvimento, conhecer as demandas, os processos políticos, as leis, tudo que envolve os direitos da sociedade para que possa contribuir efetivamente, sendo o responsável