Atuação do psicologo em politicas públicas
Se as pessoas ficarem horas na fila de um hospital do SUS, não conseguirem matricular os filhos em uma escola pública, terem dificuldade em conseguir emprego ou precisarem morar nas ruas são sinais de que essas políticas estão servindo a interesses muito mais privados do que públicos. A sociedade deve ser conhecedora de seus direitos e cobrar que eles sejam respeitados. Nesse contexto, a Psicologia tem um papel fundamental. Psicólogos que atuam em hospitais, escolas, serviços de assistência social e outras instituições públicas precisam estar atentos às consequências que sua prática gera e refletir permanentemente sobre como tornar seu trabalho mais potente na construção de políticas que sejam realmente públicas. A atuação do psicólogo tem sido objeto de estudos e discussões em diversos fóruns. Esta reflexão frequentemente enfatiza que o crescimento e o fortalecimento da atuação do psicólogo relacionam-se com a competência para atender às demandas da população brasileira (MOTA, FRANCO; 2003). Em 1998, a atuação do psicólogo estava fortemente vinculada à atuação clínica, reconhecida como uma prática solitária, entretanto, já era possível questionar a oferta de empregos, a natureza da vida acadêmica e a estabilidade da atividade clínica. Com o fortalecimento de novos modelos de contratação geradores de novas relações de trabalho e a consolidação das Organizações Não-Governamentais como campo de exercício profissional, entre outras, as concepções de área de atuação e especialização profissional passaram a considerar uma nova realidade (MOTA, FRANCO; 2003). Em 1995, houve um recadastramento dos psicólogos que se utilizou a denominação da "psicologia da saúde" como uma compreensão mais ampla para a Clínica. O autor considerou que a mudança para a denominação de psicologia da saúde possibilitaria uma ampliação do entendimento das possibilidades da psicologia, proporcionando alternativas à