O psicólogo e as políticas públicas no Brasil
Nos dias de hoje, vemos que a psicologia para se enquadrar nas políticas públicas, é fundamental a formação adequada e coerente com a idéia de transformação social. É necessário que o psicólogo tenha uma posição crítica e política a favor da igualdade social, onde deve avançar na busca da democracia, igualdade e cidadania. A Psicologia e o psicólogo possuem papéis fundamentais na área de Políticas Públicas, já que nesta área estão presentes a diversidade e a subjetividade das pessoas. A psicologia pode utilizar de ferramentas que podem enfrentar os processos de exclusão social vividos pela maioria da população: vínculo, escuta, cuidado, intervenções coletivas, aproximação com o território. Através dessas estratégias utilizadas corretamente, interferirá na produção de uma subjetividade cidadã, onde o sujeito saia do seu lugar passivo, para um lugar protagonista e de direitos, ativo. Sabemos que a Psicologia no Brasil, vem passando por mudanças desde o final da década de 70, em relação às transformações sociais e políticas. O modelo de que a psicologia se esbarra na atuação clínica de cunho liberal e privado, entrou definitivamente em crise. Os acontecimentos de movimentos sociais ocorridos na metade da década de 70 colocaram em destaque os modos de ver, sentir, pensar dos sujeitos, acarretando repercussões no campo da Psicologia, onde o antigo modelo de intervenção deu lugar às questões que envolveram a formação do profissional em psicologia. O profissional em Psicologia antes era levado a trabalhar com algumas classes sociais, “escolhidas”. A partir das mudanças ocorridas na formação do psicólogo, levaram o profissional a ter muito a dizer sobre as fases das políticas públicas, como ações voltadas para o diagnóstico de situações, realidades e programas sociais, e não apenas planejar, mas monitorar as ações planejadas para que possam ser implantadas. O profissional em