O Príncipe

Contribuição da obra “o Príncipe” para a formação do Estado Moderno

"O Príncipe" sintetiza o pensamento politico de Maquiavel, que havia sido diplomata e homem de estado e conhecia bem os mecanismos e os instrumentos do poder. Ou seja, essa obra é basicamente uma análise lucida e cortante do poder politico, que propõem e confronta varias maneiras de obtenção e manutenção do poder.
Durante o período medieval, o poder político era concebido como presente divino. Os teólogos elaboraram suas teorias políticas baseados nas escrituras sagradas e no direito romano. No período do Renascimento, os clássicos gregos e latinos passaram a lastrear o pensamento político. Maquiavel, no entanto, elaborou uma teoria política totalmente inédita, fundamentada na prática e na experiência concreta, deixando claro que o Estado deve ter características próprias, seguindo suas próprias técnicas e leis, desligando-se da moral e da religião.
Maquiavel em sua obra fala que um Príncipe deve sempre ter pulso firme para comandar sua nação, sem hesitações, e saber usar as ferramentas a sua disposição para a manutenção do poder. Ele pode, sob a sombra da razão de Estado trair valores e normas morais, não por pura maldade, mas unicamente em vista de seus interesses políticos, superiores aos primeiros. Ou seja, Maquiavel tinha como conclusão que, um príncipe não deve "apartar-se do bem, podendo, mas saber entrar no mal, se necessário".
Portanto, Maquiavel com sua obra "O Príncipe", mostra e sugere um novo tipo de politica e um novo modo de se comandar, onde o Estado deve ter autonomia e poder absoluto para se fazer o que precisa ser feito, isto é, não seria mais necessário que o Estado se submetesse aos lideres religiosos.
Logo, percebemos que a principal contribuição de Maquiavel para a formação do Estado Moderno foi à desunião da politica e a religião, e o fato de que um "Líder" deve ser absoluto, ou seja, frio e calculista, para que possa tomar decisões necessárias.