"O Príncipe, de Maquiavel" (Análise)
Ao escrever O Príncipe, Maquiavel expressou nitidamente os seus sentimentos de desejo de ver uma Itália poderosa e unificada. Expressou também a necessidade (não só dele mas de todo o povo italiano) de um monarca com pulso firme, determinado que fosse um legítimo rei e que defendesse seu povo sem escrúpulos e nem medir esforços. Maquiavel foi muito criticado pelas ideias que ele defendeu em O Príncipe.
Em O Príncipe, Maquiavel faz uma referência elogiosa a César Bórgia, que após ter encontrado na recém conquistada Romanha, um lugar assolado por pilhagens, furtos e maldades de todo tipo, confia o poder a Dom Ramiro d'Orco. Este, por meio de uma tirania impiedosa e inflexível põe fim à anarquia e se faz detestado por toda parte. Para recuperar sua popularidade, só restava a Bórgia suprimir seu ministro. E um dia em plena praça, no meio de Cesena, mandou que o partissem ao meio. O povo por sua vez ficou, ao mesmo tempo, satisfeito e chocado.
Para Maquiavel, um príncipe não devia medir esforços nem hesitar, mesmo que diante da crueldade ou da trapaça, se o que estiver em jogo for a integridade nacional e o bem do seu povo.
Ao escrever O Príncipe, Maquiavel desejava guiar os governantes, alertando-os sobre as armadilhas da selva política. Seu livro é um manual de autopreservação para líderes mundiais.
A obra-prima de Maquiavel pode ser considerada um guia de conselhos para governantes. O tema central do livro é o de que para permanecer no poder, o líder deve estar disposto a desrespeitar qualquer consideração moral, e recorrer inteiramente à força e ao poder da decepção. Maquiavel escreveu que um país deve ser militarmente forte e que um exército pode confiar somente nos cidadãos de seu país – um exército que dependia de mercenários estrangeiros era fraco e vulnerável.
Maquiavel afirma ainda que um líder deve buscar o apoio de seu povo. Para a surpresa de muitos, o autor explicou que ao assumir o poder “deve-se cometer todas as