Análise – o príncipe - nicolau maquiavel
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Análise – O Príncipe - Nicolau Maquiavel É um manual que segue uma metodologia baseada em exemplos históricos visando ensinar como se tornar um bom líder, capaz de manter um Estado num estado de coesão-adesão. Na obra, há uma clara intenção de demonstrar que há uma distinção da moral de um cidadão e de um governante. O estadista não deve se preocupar em ser, mas sim em “parecer ser”, buscando ser um bom governante, ou seja, ser temido e ser amado. Maquiavel quebra a ideia de Platão de que o bom líder seria o filósofo e a lógica medieval de que o líder seria escolhido por Deus. Há a repetição de que não existe sorte nem dinheiro que mantenha o príncipe no poder, mas sim a virtude. Há uma constante lembrança de que o governante depende do povo, pois uma instabilidade interna ou numa guerra pode tirar seu poder. O monarca deve prezar pela unidade, ao dividir suas funções entre barões ou ministros, a desordem estará sempre pairando no governo. O príncipe deve ser único, não estar subordinado a nenhuma outra pessoa ou instituição (ex.: Igreja Católica) Ao dar uma série de regras a ser seguida para se manter um Estado, Maquiavel esboça sua ideia de conceito de Estado, propondo uma integração entre o organismo estatal, as pessoas, a cultura, sugerindo uma noção de Nação. Maquiavel se torna um pai da política, pois defende o uso da técnica de governo, ao negar a existência de dom para se governar. As situações determinarão como se deve agir, a história determina o futuro. Cada momento molda suas características e imprime a conduta a ser seguida. A ideia da fundação da legitimidade é inaugurada no livro, voltando ao conceito de que o bom governante possui técnica, não dom. O maquiavelismo associado ao mal surgiu a partir do incômodo provocado na Igreja Católica (Maquiavel separa a política de moral e religião, um bom ou mau governo independe de ações metafísicas - Deus). A instituição iniciou uma campanha de desconstrução da obra, perpetuando na fala