O projeto de pesquisa como exercício cientifico e artesanato intelectual
Platão, em seus estudos, conheceu e se aprofundou nas teorias de dois dos maiores filósofos pré-socráticos, Heráclito e Parmênides. Antagônicas entre si, Platão reconheceu certo acerto na filosofia de ambos os filósofos e procurou resolver o problema criando sua própria teoria. De Heráclito, Platão considerou correto as percepções do mundo material e sensível, das imagens e opiniões. Para ele, a matéria era algo imperfeito, em constante estado de mudança. Concluiu, no entanto, que Parmênides também estava certo ao exigir que a Filosofia se afastasse desse mundo sensível, para ocupar-se do mundo verdadeiro, visível apenas ao puro pensamento.
Platão afirma haver dois mundos diferentes e separados: o mundo sensível, dos fenômenos e acessível aos sentidos; e o mundo das ideias gerais (inteligível), “das essências imutáveis, que o homem atinge pela contemplação e pela depuração dos enganos dos sentidos”. Platão, assim, tenta superar a oposição de Heráclito á mutabilidade essencial do ser e a posição de Parmênides, para qual o ser é imóvel, relacionando o mundo das ideias ao ser parmenídeo e o mundo da matéria ao devir heraclitiano.
A partir de Agostinho, predomina uma concepção intuicionista do pensamento moral, segundo a qual a consciência é uma faculdade inata que revela a lei moral de Deus, inscrita na alma dos homens. Nesse sentido, as “leis naturais” inscritas no homem são mandamentos divinos e não simples disposições que favoreçam o desenvolvimento humano. O tema central da filosofia de Agostinho será a alma que vive no mundo, mas com Deus. O diálogo que o homem pode manter consigo próprio é, ao mesmo tempo, diálogo com Deus.
Para Agostinho, todas as coisas estão submetidas à lei divina que ilumina nossa inteligência. Contudo, não basta que o homem conheça a lei, é preciso querê-la, e com isto se coloca a questão da vontade. A alma é movida pelo amor