O PROFETISMO EM ISRAEL TRABALHO
INTRODUÇÃO
Em Israel a passagem do sistema tribal para a monarquia se deu pela junção de inúmeros motivos, sejam eles internos ou externos. Paralelo ao surgimento e desenvolvimento da monarquia é encontrado a figura do profeta, como homem de Deus e denunciador de injustiças contra o povo. Tal movimento profético teve etapas distintas se considerado sua proximidade com a estrutura monárquica. Para tanto, deve-se esclarecer o contexto histórico que despontou o surgimento da monarquia e consequentemente o movimento profético em Israel.
Com os profetas, o Antigo Testamento alcança o ápice, seja como valor espiritual absoluto, seja como preparação para o Novo Testamento. Os profetas eram homens que Deus investia diretamente do seu espírito para uma missão espiritual no seio do seu povo, em tempos de perigo ou de necessidade religiosa e moral. Tornavam-se assim, guias espirituais do povo de Israel, pelo mesmo titulo com que outrora os juízes suscitados por Deus, eram os chefes políticos e militares, os libertadores no tempo de aflição.
Embora tenha havido pessoas dotadas de espírito profético desde as origens do povo hebreu (cf. Gên. 20:7; Núm. 11:25-26; Dt. 34:10), contudo, somente a partir de Samuel esses homens inspirados por Deus, e por ele enviados ao povo sucede-se com tal frequência, que chegam a formar uma cadeia ininterrupta durante cerca de seis séculos (aproximadamente desde 1050 a 450 a.C., Cf. 1 Sam. 3:1).
DESENVOLVIMENTO
Considerando o exercício do ministério profético, este longo intervalo de tempo divide-se em dois períodos sensivelmente iguais. Nos três primeiros séculos, isto é, até por volta de 750 a.C. temos os profetas de ação, como, por exemplo, Elias (1Rs-2Rs 2), que pregam energicamente, mas não escrevem, ao passo que os profetas escritores viveram todos nos séculos seguintes: são os profetas cujos vaticínios ou mensagens nos foram transmitidos por escrito. Estes últimos costuma-se dividi-los, com base na extensão de seus