O proeja do ifsp na perspectiva das políticas públicas
Este trabalho pretende analisar, à luz das teorias de políticas públicas, o curso de educação de jovens e adulto (PROEJA) existente no campus São Paulo do Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia (IFSP) confrontando com a agenda de políticas públicas do governo federal nesta área. Dentro deste panorama, verificaremos qual o histórico que gerou a adoção destas políticas e que teorias podem explicar a introdução deste programa na agenda do governo federal.
PALAVRAS-CHAVE: PROEJA, Educação profissional, política públicas
*Professor,Graduado em Engenharia de Produção Mecânica, Licenciatura Plena em Engenharia de Produção Mecânica,ikfujita@ig.com.br
INTRODUÇÃO
Na LEI No 10.172, DE 9 DE JANEIRO DE 2001, podemos notar dois momentos onde podem ser vistas a existência do Programa de Educação de Jovens e Adultos (PROEJA). No capítulo sobre modalidade de ensino (III) o item 5 fala sobre a educação de jovens e adultos, diagnosticando, mostrando as diretrizes, as metas e objetivos e o item 7 que fala da Educação Tecnológica e Formação Profissional. Destes dois itens o discente tem a possibilidade de receber a formação propedêutica e técnica ao mesmo tempo, habilitando-o para o mercado de trabalho mais qualificado, porém, essa não foi uma lei originada de um projeto que tivesse trâmite corriqueiro no parlamento federal. Ao contrário, ela surgiu da pressão social produzida pelo “Fórum Nacional em Defesa da Escola Pública” como afirma Ivan Valente e Roberto Romano (2002).
O Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia de São Paulo (IFSP) tem, por vocação, o ensino profissionalizante desde sua criação em 1910. Nos últimos anos, atendendo a uma determinação do governo federal, oferece um curso técnico para o público da educação de jovens e adultos dentro do Programa de Integração da Educação Profissional Técnica de Nível Médio ao Ensino Médio na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos – o PROEJA - que fornece a qualificação de técnico