O processo e o tempo do processo
Não tenhamos pressa, mas não percamos tempo.
José Saramago
O mundo está em constante evolução, modificação esta que molda tanto a sociedade quanto as relações sociais e trabalhistas que também vão sendo alteradas ou encontram novas interpretações, com o objetivo de satisfazer as necessidades em dado momento do desenvolvimento social.
Isto também ocorre nas relações processuais, o modo de lidar com aplicação do direito e com o processo em si na pós-modernidade é bem diferente do que fora antigamente. A demanda processual, a procura pelo judiciário era bem inferior, as relações trabalhistas eram mais estáveis, a rotatividade de mão de obra não era tão elevada quanto é atualmente, e além do mais, estamos na era da informática, dos computadores, celulares, smartphones, entre inúmeros outros equipamentos que facilitam a celeridade da informação. Uma notícia pode chegar do outro lado do mundo em questão de segundos, vivemos em uma sociedade regida pelo tempo, do quanto mais rápido melhor – o que nem sempre significa qualidade de resultado –, o homem aprendeu a lidar com esse corre-corre cotidiano, aprendeu também a buscar por direitos e garantias a ele inerentes.
Como consequência desses fatores, não deixa de ser comum, nos depararmos nos fóruns com pilhas e pilhas de processos, nossos fóruns encontram-se sobrecarregados, a morosidade devido à demanda tornou-se uma constante.
Interessante citar as palavras de Luiz Otávio Linhares Renault: “As prateleiras dos
Fóruns e dos Tribunais não podem mais ficar entulhadas de processos, alimentando as traças e consumindo os sonhos sobretudo das pessoas pobres e humildes de terem as suas controvérsias solucionadas em tempo razoável a fim de que recebam o que têm direito.” Com isso, pode-se dizer que um dos grandes problemas dos sistemas judiciários do mundo todo é a morosidade, por isso mister ir em busca da efetividade do processo em todas as suas etapas, é necessário que existam propostas
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