O processo do luto
O presente artigo tem como objetivo estabelecer uma reflexão referente a um atendimento realizado no Hospital Luxemburgo, no qual veremos a importância do processo de recordação e do resgate das lembranças positivas como forma de trabalhar o processo de luto, durante o apoio ás familiares de pacientes oncológicos em estado terminal.
Palavras chave: luto, história, lembrança, recordação.
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Pretende-se com este artigo estabelecer uma relação entre processo do luto e a lembrança á partir de um atendimento realizado no Hospital Luxemburgo, tendo como referencial teórico Sigmund Freud criador da Psicanalise Paul Ricoeur filósofo contemporâneo. Observa-se que, nos momentos de dor, diante da iminência da perda ou no adeus, os parentes de enfermos em estado terminal precisam de apoio psicológico. É sabido que, através do apoio psicológico, os familiares podem elaborar seus sentimentos de perda e conseguirem resgatar lembranças significativas, positivas de sua história com o enfermo, para assim, iniciar o processo de luto de forma mais saudável.
O trabalho do psicólogo hospitalar “no momento desse adeus” pode ser muito importante, pois através de sua atuação é possível tratar o insuportável para o sujeito que sofre, bem como para os familiares que ali se encontram.
É ético, ao estarmos diante de um outro que sofre, seja ele paciente, família, ou profissional, inaugurar constantemente o novo inédito, no sentido de ser uma possibilidade de tratar a diferença, para que este sujeito possa existir no que ele tem de mais singular, sua história, sua subjetividade (MOLHALLEM, 2003, P.24)
Ajudar na vivência da perda é oferecer uma escuta que também pontue as lembranças significativas. Isso constitui uma importante contribuição que a Psicologia Hospitalar oferece aos familiares diante da dor da perda de um ente querido.
Paul Ricouer (2007) considera que se deve lançar mão