O processo de Urbanização no Mundo
INTRODUÇÃO
O processo de urbanização, principalmente nos países em desenvolvimento, é uma das mais agressivas formas de relacionamento entre o homem e o meio ambiente. As cidades antigas eram menores, mais harmônicas e, mesmo quando erguidas em locais ambientalmente inadequados, agrediam menos o meio ambiente.
Urbanização virou sinônimo de modernização econômica e os fatos históricos corroboram para tal analogia. Por exemplo, no começo do século XVIII somente 3% da população residia no meio urbano. As cidades mais populosas de que se tem conhecimento eram Paris e Londres, com pouco mais de 1 milhão de habitantes cada. Atualmente, metade da população reside no meio urbano, o que corresponde a aproximadamente 3,5 bilhões de pessoas.
Entretanto, é necessário cuidado na análise das estatísticas. Isso porque a urbanização tem um conceito formal diferente para cada nação. Ou seja, cada país, com sua normativa jurídica, estabelece o que pode ser considerado urbano ou não. Por exemplo, na Europa, só é considerado urbano um local cuja população seja superior a 5 mil habitantes. No Brasil, a sede do município (cidade) e seus distritos (vilas) são considerados urbanos, sem levar em consideração sua população ou as funções econômicas desempenhadas pela cidade ou vila.
DESENVOLVIMENTO
A partir da revolução industrial, o processo de crescimento das cidades se acelerou pelas duas razões já apontadas: a necessidade de mão de obra nas indústrias e a redução do número de trabalhadores no campo. A industrialização promoveu de modo simultâneo os dois eventos, um de atração pela cidade, outro de expulsão do campo. Antes da revolução industrial não havia nenhum país onde a população urbana predominasse. No começo deste século, apenas a Grã-Bretanha possuía a maior parte de sua população vivendo em cidades (Munford 1982). Pode-se afirmar que o Século XX é o século da urbanização, pois nele se acentuou o predomínio da cidade sobre o