O processo de conhecimento de aristóteles
Segundo Pessanha (1978), a visão de Aristóteles sobre o processo de conhecimento pode ser representada da forma apresentada na figura 2 a seguir.
Figura 2 – O Processo de Conhecimento de Aristóteles sensação memória experiência arte (técnica) teoria/ciência
Fonte: adaptação de Pessanha (1978)
Essa visão consiste em um processo linear e cumulativo, no qual cada estágio de certa forma pressupõe o anterior, já que se baseia e depende do conhecimento já obtido. Assim, a sensação, através dos sentidos, nos permite identificar as informações. A memória é imprescindível para que o processo de conhecimento vá adiante, pois só através delas podemos reter os dados sensoriais. (PESSANHA, 1978)
A experiência pode ser considerada a primeira etapa do conhecimentopropriamente dito. É tipicamente humana e possibilita o estabelecimento de relações entre as informações sensoriais armazenadas na memória; viabiliza associações, conclusões e expectativas, com base na identificação do padrão de repetição e da regularidade dos dados sensoriais; consiste em um conhecimento prático baseado na repetição, o “saber fazer”. (BITTAR, 2003)
A técnica consiste não apenas de um conhecimento prático, mas já da consciência das regras que permitem produzir determinados resultados. Sua causa (dos resultados) pode ser determinada, pois se sabe o “porquê das coisas”. A técnica pode ser ensinada por aqueles que a dominam, que, de modo geral, podem ser considerados superiores àqueles que têm apenas a prática, porque não só sabem fazer, mas sabem o que fazem e por que o fazem daquele modo. (PADOVANI; CASTAGNOLA, 1984)
A ciência caracteriza-se como o conhecimento do real em seu sentido mais abstrato e genérico, e de conceitos e princípios; é contemplativa, sem objetivos práticos ou finalidades imediatas (é uma finalidade em