o problema do livre arbitrio
O problema do livre-arbítrio
Colocar o problema do livre-arbítrio é colocar um dos problemas centrais da Filosofia da Acção que pode ser formulado deste modo simples: temos ou não livre-arbítrio?
Livre-arbítrio (ou livre-alvedrio) é a crença ou doutrina filosófica que defende que a pessoa tem o poder de escolher suas acções.
Temos ou não livre-arbítrio? Será que tudo o que fazemos já está determinado? Controlamos o nosso destino ou somos meras peças de xadrez no “tabuleiro” da mãe natureza? Será a experiência da liberdade um facto ou uma ilusão? Estas são algumas das questões relacionadas com o problema do livre-arbítrio às quais a Filosofia tem tentado dar resposta desde os seus primórdios. Afinal, somos ou não livres?
Texto 1
“O problema consiste em reconciliar a consciência quotidiana de nós mesmos como agentes, com a melhor teoria que a ciência nos oferece sobre nós. O determinismo é uma parte do problema; pode definir-se como a doutrina segundo a qual tudo o que acontece tem uma causa.
De uma maneira mais precisa, para qualquer acontecimento a há um qualquer estado anterior da natureza, N, e uma lei da natureza, L, tal que, dada L, a seguir-se-á a N. No entanto, se isto é verdade para todos os acontecimentos, é verdade para acontecimentos como uma acção ou uma escolha minhas. Assim, a minha acção e a minha escolha é determinada por um qualquer estado anterior N e pelas leis da natureza L. Uma vez que o determinismo é universal, o próprio estado
N é determinado, e assim regressivamente até chegarmos a acontecimentos em relação aos quais eu não tenho obviamente qualquer responsabilidade (como os acontecimentos anteriores ao meu nascimento, por exemplo). Logo, nenhuns acontecimentos podem ser voluntários ou livres, se com isso queremos dizer que esses acontecimentos sucedem unicamente em função da minha vontade, podendo eu ter feito outra coisa. Se o determinismo for verdadeiro, existem estados e leis antecedentes que determinam