O Principe
Após cinco séculos, a obra escrita por Nicolau Maquiavel ainda influência muitos líderes. Os capítulos assim se sucedem, uns após os outros, recheados de conselhos ao tirano que deseja se manter no poder, seja por meio de leis, seja por meio da força. De preferência, usando ambas já que uma sem a outra não seria durável, ou sustentável usando um termo atual. Maquiavel usa da visão real e não da utopia criada por Platão e outros no passado, para mostrar uma sociedade de como deveria ser e não de como ela é. Da capacidade de sermos maus para com os outros e pensar somente em nosso próprio bem, isso é uma questão de realidade. Para Maquiavel é mais pratico um líder temido que amado, entre tanto, bem mais eficaz que um príncipe odiado. Por isso, Maquiavel lança mão de dois conceitos chaves: virtu e fortuna. Este diz respeito à grande maioria dos homens, é a sorte, o destino a que estão determinados; e aquele é a excelência que poucos homens têm de previsão, capazes de fazê-los manter o poder máximo possível e para isso podem matar, roubar, mentir, sem nenhum escrúpulo. Seu mérito está em dar forma conveniente para a matéria, que é o povo, institucionalizando a ordem e a coesão social. Maquiavel acreditava que a forma perfeita de governo republicano é aquele que apresenta características monárquicas, aristocráticas e populares de forma harmoniosa e simultânea, ou seja, uma república mista. Observa que uma monarquia facilmente se torna uma tirania; que a aristocracia degenera em oligarquia e que o governo popular converte-se em demagogia, formas corrompidas da república segundo o ideal aristotélico. Porém, ambas, exige um chefe com poder absoluto. Bem, se procurarmos nos dicionários de língua portuguesa, encontraremos o significado da palavra "maquiavelismo" como: "sistema político baseado na astúcia, exposto pelo florentino Maquiavel em sua obra O Príncipe;