MAQUIAVEL No capitulo de Maquiavel encontramos consideráveis diferenças dentre as formas de governos que já estudamos uma nova classificação. O assunto é tratado por Maquiavel em O Príncipe, como nos Comentários sobre a primeira Década de Tito Lívio (os Discorsi). A surpresa já se origina nas primeiras palavras de O príncipe , quando Maquiavel afirma que, " Todos os estados que existem e já existiram são e foram sempre republicas ou monarquias" , pensamento este que até hoje se solidifica por ter introduzido o termo " Estado" Em sua forma Maquiavel deixa a tripartição clássica aristotélica e polibiana, e aderi uma bipartição, de três, agora duas, tais chamadas de principados e republicas. O principado corresponde ao reino; e republica, tanto a aristocracia como à democracia. Presente nessas formas,os Estados são governados ou por uma só pessoa ou por muitas, ou seja o poder reside na vontade um só- é o caso do principado- ou numa vontade de muitos, que se manifesta em colegiado ou assembleia- e a republica em suas varias formas. Para Maquiavel o Estado só pode ser bem ordenado se este tiver como constituição, a republica ou o principado. “Quando impugnar o Estado de Cosmo, e à afirmativa de que nenhum estado pode ser estável se não genuíno principado ou uma verdadeira republica, porque todos os governos intermediários são defeituosos, a razão é claríssima: o principado só tem um caminho para a sua dissolução, que é descer até a republica; e a republica só tem um meio de dissolver-se: subir até o principado. Mas os Estados intermediários tem dois caminhos, um no sentido do principado, outro no sentido da republica- de onde nasce a sua instabilidade.” Em sua tese ele nos deixa claro sua repulsão por Estados intermediários, que afirma que estes sofrem do mau característico dos maus estados, por sua instabilidade. No entanto parece contradizer a teoria do estado misto, da qual Maquiavel é admirador da republica romana. Contudo esta passagem nos dá a