O principe, maquiavel
Para a conquista de um novo território, antes já governado com suas próprias leis, segundo Maquiavel, diferentemente do poder de direito, que tem mecanismos de sublimar a força, é estritamente necessário a utilização do poder de fato, descrito por Bonavides, como mera força, um poder imposto. Exemplificado, pelos romanos, que para manter a seu domínio sobre Cápua, Cartago e Numância. “Quem se torna o senhor de uma cidade livre e não a aniquila, pode esperar ser destruído por ela. [...] Não importa o que quer que o governante faça, ou conceda: enquanto os habitantes não forem separados ou dispersos, não esquecerão o nome e os hábitos de seu país [..].”
“Consideremos agora o caso do cidadão que se torna soberano não por meio do crime, ou da violência intolerável, mas pelo dos seus concidadãos: é o que se pode chamar de governo civil.” O governo civil, seria então, um poder político, que deveria atender aos interesses de todos, governados e governantes. Todavia, o poder político ou poder ideal pode se corrompe aos interesses daqueles que o detêm. Podendo assim, aproximar-se do poder paternal ou do poder senhorial. Isso acontece quando o governante transforma seu Estado em um governo absoluto, esquecendo-se dos interesses do povo e governando para uma minoria (aristocracia), ou ainda,