O Preço do Amanhã
Dentro deste contexto, que flerta com a tão sonhada busca pela imortalidade, Will (Justin Timberlake) é um trabalhador que segue a máxima de viver um dia após o outro. Só que ele recebe uma "doação" inesperada e se torna alvo de uma organização que controla o tempo. Revoltado com uma perda afetiva recente, ele se rebela contra o sistema, passa a questionar a divisão de classes e sequestra a filha rebelde (Amanda Seyfried) de um poderoso magnata.
Meio que vitimada pela Síndrome de Estocolmo, a jovem passa a se identificar com a causa dele, lembrando que "os pobres morrem e os ricos não vivem". Cheio de detalhes, como uma região chamada de Greenwich, numa possível alusão ao meridiano que divide o planeta, e ainda uma curiosa inversão de papéis tendo bandidos chamados de Minutemen (heróis da revolução americana), fica nítido que muitos pontos poderiam ter sido melhor trabalhados.
O roteiro de Andrew Niccol (O Senhor das Armas), que também dirigiu e produziu, é amarrado, mas tem uns fiapos soltos com as várias licenças criativas e de tempo (sem trocadilho). São elas que permitem que os heróis façam coisas impossíveis, como ele fingir ser um segurança, sendo o único com barba por fazer, ou ela atirando com precisão sem nunca ter pego numa arma. Não dá, né? Bobeiras que poderiam ser evitadas e essa última parece ter sido falha de edição, porque numa sequência seguinte ela aparece dando uma treinada. Se não é, parece erro de montagem.
Ainda assim, a produção funciona como entretenimento, ofertando perseguições (a pé e motorizada), tiros, lutas, entre outras coisas do arsenal do