AS ORIGENS DA BASE CITOLÓGICA DA HEREDITARIEDADE.
A Descoberta da Célula
O início considerável da Citologia foi em 1663 com Robert Hooke e uma observação de um pedaço de cortiça, em seguida expondo para seus colegas da Royal Society de Londres, a mesma tendo sido fundada na intenção de explorar e melhorar os conhecimentos sobre a natureza.
Hooke sendo um matemático excepcional não apenas discutia sobre os assuntos científicos, mas também realizava experimentos, ele tinha um forte interesse no novo microscópio que havia construído. Mais tarde Hooke apresentou dois esquemas microscópios dos poros da cortiça, nesse momento se iniciava dois séculos de observações e experimentações que estabeleceram a Teoria Celular.
Várias de suas observações foram expostas em 1665, com o título de Micrographia, essa seria a primeira visão geral de uma parte da natureza desconhecida até então. Dentre as publicações a que mais teve destaque foi a do pedaço de cortiça. Hooke imaginou que a cortiça consistia de inúmeros tubos paralelos com divisões transversais. Pode-se observar estruturas semelhantes em muitos outros tipos de plantas.
A presença de células na cortiça e em outras plantas poderia ser uma característica geral ou restrita, a continuação das pesquisas possibilitaria mostrar se as plantas consistiam inteiramente ou quase inteiramente de estruturas semelhantes.
Já outro membro da Royal Society, Nehemiah Grew, publicou em sua monografia pranchas mostrando a estrutura microscópica das plantas, e com o tempo se estendeu a ideia de que os seres vivos são formados por células chegou até os animais.
Mais de dois séculos foram necessários para se chegar à conclusão de que era essencial o conhecimento das células para se compreender a hereditariedade. Hooke a princípio não estava interessado em desvendar os mistérios da herança, pois até então não havia maior razão para acreditar que as células tivessem alguma ligação com a hereditariedade.