O PR NCIPE E A PLEB IA
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O PRÍNCIPE E A PLEBÉIAPR. ALEJANDRO BULLÓN
"O texto bíblico para a mensagem de hoje está no livro dos Cantares de Salomão, capítulo 2, verso 4: "Leva-me à sala do banquete, e o seu estandarte sobre mim é o amor." (Cantares 2:4)
O livro dos Cantares de Salomão é a história de amor entre um príncipe e uma plebéia, que nos mostra, de alguma maneira, a história de amor entre Jesus, o príncipe dos príncipes, e a pobre raça humana, que somos nós.
Salomão, na sua mocidade, era um homem que dependia de Deus. Passava muitas horas de comunhão com Ele. Gostava de sair do palácio de manhã e andar pelos campos, conversando com Deus, permitindo que Ele entrasse na sua vida e participasse de seus sonhos. Talvez entre as coisas que Salomão pedia a Deus, uma delas fosse: "Senhor, ajuda-me a encontrar a garota certa para a minha vida."
Felizes os jovens que passam tempo a sós com Deus, pedindo que Ele os ajude a encontrar o companheiro ou companheira para a vida. Haveria menos casamentos fracassados, menos feridas abertas, menos sofrimento.
Salomão era um jovem que passava horas e horas meditando a sós, caminhando pelos campos e os montes. Foi numa dessas ocasiões que ele viu correr pelos montes uma garota linda. A sua pele era bem morena e os seus cabelos crespos. Infelizmente a opinião que esta garota tinha de si mesma estava deformada pelo racismo que já existia naquele tempo.
Freqüentemente dizemos que não somos racistas, geralmente somos contra o racismo. Somos capazes de pronunciar os mais belos discursos contra o racismo, até que um filho nosso queira se casar com alguém que não é da nossa raça. Aí, nossos discursos acabam. É o hipócrita, subterrâneo, silencioso e pernicioso racismo que toma conta da natureza humana. É uma realidade. Está presente. Sempre esteve presente; já nos tempos de Salomão era assim.
E a garota de nossa história, camponesa, de pais humildes, nascida com uma cor bonita, sentia-se de alguma forma inferior, por causa da pressão social.
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