O Povo Contra Larry Flint
Larry Flynt, que teve uma infância miserável no interior do Estado de Ohio, fabricando e vendendo bebida alcoólica proibida por lei, cresceu no mundo da contravenção, chegando a montar um clube de streaptease de quinta categoria. Lá, no entanto, conheceu aquela que viria a ser muito mais do que uma dançarina pornô. Ao lado de Althea (com quem se casou), de seu irmão e de amigos, ele cria a Hustler Publicações, uma revista mais ousada e extravagante do que a Playboy e outras do gênero. A explosão de vendas e os artigos bombásticos da Hustler fazem de Larry o inimigo número um da moral e dos bons costumes dos EUA.
A revista Hustler surgia com sua linguagem crua, exibindo mulheres nuas em posições imaginadas apenas em revistas de sexo explícito, desafiando os limites da tolerância norte-americana. De circulação nacional estoura, mas seu conteúdo assusta a sociedade americana na época. Em um ano sua revista chega aos 2 milhões de exemplares vendidos e isso causa pressão de políticos, conservadores e religiosos que entram em confronto com a circulação da revista.
Diante de inúmeros processos Larry Flynt ficou conhecido por desafiar juízes, pastores, polítcos e instituições (religiosas ou não) que tivessem uma visão moralista perante as suas publicações. Foi acusado de incitar a pornografia e principalmente processado por difamação e danos morais pelo respeitável Reverendo Jerry Falwell, vítima de uma de suas piadas de mau-gosto. Numa delas ele dizia que o Reverendo teria feito sexo com sua mãe numa latrina. Este se sentiu moralmente agredido e processou