O positivismo
Auguste Comte foi filósofo e matemático francês e considerado o pai da Sociologia. Desde cedo rompeu com a tradição familiar, monarquista e católica. Tornando-se um republicano com idéias liberais e passando a desenvolver uma atividade política e literária que lhe permitiu elaborar uma proposta para resolver os problemas da sociedade de sua época. Toda a sua obra está permeada pelos acontecimentos da França pós-revolucionária. Defendendo sempre o espírito de 1789 e criticando a restauração da monarquia, Comte se preocupou fundamentalmente em como organizar a nova sociedade que estava em ebulição e em total caos. Essa foi uma preocupação constante, já que a desordem e a anarquia imperavam em consequência da confusão de princípios (metafísico e teológico) que não mais se adequaram à sociedade industrial em expansão. Comte, como muitos dos filósofos desse período, alarmou-se com os efeitos demolidores da Revolução Francesa, a desordem criada pela destruição violenta dos grupos sociais intermediários entre a família e o Estado. Assim, o aprimoramento da sociedade logo se tornou a preocupação principal de Comte. O verdadeiro objetivo de sua vida. Mas ele entendia que, para aprimorar a sociedade, fazia-se necessária uma ciência teórica da sociedade. Não a tendo à disposição, decidiu criá-la. Essa nova ciência a seu ver dependia de outras; resolveu, portanto, estudar a série completa das ciências teóricas, que se identificava com a filosofia positiva. Com o resultado de tal estudo, conseguiu formular um sistema das leis que regem a sociedade de modo a postular sua cura à base dessas leis. As conquistas de Comte, até a formulação desse gigantesco empreendimento, foram grandemente estimuladas pelo fato de que, aos dezenove anos e ainda aluno da Escola Politécnica, tornou-se secretário do Conde Henri de Saint-Simon. Embora membro da aristocracia francesa, Saint-Simon veio a ser um dos primeiros e mais eminentes socialistas utópicos, um dos