O populismo na América Latina
LATINA
O populismo foi um tipo de situação política experimentada na América Latina entre as décadas de 1930 e 1960, que teve como grande contexto propulsor a crise de 1929.
Nessa época, várias das nações latinas – vistas como portadoras de uma economia periférica
– viveram uma fase de desenvolvimento econômico seguido pelo crescimento dos centros urbanos e a rearticulação das forças sociais e políticas. Foi em meio a essas transformações diversas que a prática populista ganhou terreno.
A partir da década de 1930, o recuo das economias européia e norte-americana possibilitou a expansão do parque industrial em Estados antes marcados por sua atuação, quase exclusiva, no mercado agroexportador.
Dentro dessa nova realidade, os centros urbanos se desenvolveram e uma grande leva de trabalhos urbanos compôs um novo e expressivo agente político. De fato, a predominância da disputa pelo poder que se concentrava nas mãos das opressivas oligarquias dava lugar a um quadro político mais diluído. Democratas, liberais, socialistas, comunistas e anarquistas mostraram que o jogo político latinoamericano ganhava maior complexidade.
Em meio a essas novas correntes, alguns representantes governamentais adotaram uma postura interessada em aproximá-los desses novos agentes sociais. Por meio do uso de um discurso nacionalista, muitas vezes articulado enquanto contraposição aos regimes oligárquicos, esses novos líderes ofereciam uma indefinida perspectiva onde a “defesa do povo” era sobreposta a uma ideologia política mais específica. Dessa forma, compreendeu-se a instalação do populismo na América Latina.
Sendo fenômeno ambientado nas grandes cidades, o populismo se apoiou em uma visível teatralização do poder onde o líder carismático utilizava de grandes eventos e dos novos meios de comunicação para se dirigir à nação. Não fazendo questão de um intermediário que viabilizasse tal diálogo entre a população e o