Populismo na América Latina
Antes de analisar sobre o desenvolvimento do populismo e suas manifestações nos países latinos americanos, é necessário primeiro promover uma elucidação sobre o seu nascimento. O termo “Populismo” pensado como conceito teórico, é um dos temas mais polêmicos da ciência política latino-americana. Em geral, sobre o conceito existe uma definição dominante que considera o fenômeno como uma política econômica. Esse entendimento é utilizado por um amplo grupo de cientistas. Por outro lado, outros cientistas acreditam que está definição estaria enviesada, dado a diferença de gastos estatais e políticas sociais entre os países latinos americanos. Para esses o conceito de populismo é muito mais complexo do que uma simples política econômica. A América Latina é um exemplo perfeito para este raciocínio.
“Apesar de todas as críticas apresentadas por essa literatura, muitos têm sido os trabalhos que ainda se mantêm fiéis a uma conceituação genérica e, ao mesmo tempo, monolítica de populismo, principalmente no que se refere à sua variante mais recente: a econômica.” (LOUREIRO, 2009).
É claro que essa é uma discussão ainda em curso, até porque existem outras definições sobre o conceito de populismo. Outros cientistas diriam que ele é a tentativa dos meios de comunicação de popularizar líderes políticos, buscando estabelecer entre eles e seu público uma relação mais direta e pessoal ou também que se trataria política usada por um grupo para tomar o poder com o propósito de alavancar a política industrial. Já segundo Francisco Weffort, populismo é um fenômeno de participação política das classes populares, urbanas, “particularmente enraizado naquelas cidades de maior ritmo de crescimento, mais fortemente atingidas pelo desenvolvimento industrial e pelas migrações.” (WEFFORT, 1986, p16).
Nas décadas de 30 e 50, a América Latina era palco de mudanças significativas no que diz a respeito a orientações políticas dos governos. É nesse período que surge essa nova