trabalho avaliativo
MARIANA CARNEIRO JORNAL FOLHA DE SÃO PAULO
DE SÃO PAULO
29/07/2014 02h00
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O ensino da engenharia entrou na mira do setor industrial como um dos fatores que limitam o aumento da eficiência dentro das fábricas.
Segundo dados compilados pela CNI (Confederação Nacional da Indústria), entre 2008 e 2011, aumentou em 67% o número de estudantes matriculados em engenharia –cinco vezes mais que a média dos demais cursos.
Para a entidade, porém, a maior parte desses jovens sairá das salas de aulas com deficiências na formação.
"Aumentar a quantidade é importante", diz Gianna Sagázio, diretora de inovação da CNI. "Mas, se a gente quer uma economia fundamentada em inovação e crescimento de longo prazo, precisamos modernizar a formação dos engenheiros."
A sugestão da entidade é mudar o currículo nas universidades, incluindo disciplinas que incentivem a criatividade, o empreendedorismo e a inovação, reduzindo a carga técnica, como o cálculo.
O diagnóstico é que o curso é "maçante", principalmente nos anos iniciais, o que leva muitos estudantes a desistirem da formação. Segundo a CNI, só quatro entre dez universitários de engenharia concluem o curso. No direito, por exemplo, são nove formandos em cada dez alunos.
Outra sugestão é criar uma espécie de "residência", como a médica, para engenheiros recém-formados, o que já existe entre ITA e Embraer.
Representante do Confea (Conselho Federal de Engenharia e Agronomia), Francisco Ladaga diz que é preciso melhorar o ensino da engenharia e enxugar o número de especialidades, mas é contra reduzir aulas técnicas.
"Querem facilitar o curso porque precisam de mais engenheiros. Não será assim que teremos mais cientistas."
Documento entregue pela CNI aos candidatos à presidência elenca 42 áreas para ação do próximo governo, com o objetivo de melhorar a eficiência da economia e restaurar o crescimento.
A CNI pretende reunir 700