O Ponto Negro
O professor foi entregando a cada aluno, a folha da prova com a parte do texto virada para baixo, como era de costume. Depois que todos receberam, ele pediu aos alunos que desvirassem a folha.
Para surpresa da classe, não havia uma só pergunta ou texto, apenas um ponto negro, no meio da folha. O professor, analisando a expressão de surpresa que todos faziam, disse o seguinte:
— Agora, vocês terão 15 minutos para escrever um texto sobre o que estão vendo na folha. Então, os alunos, confusos, iniciaram a difícil e inexplicável tarefa.
Terminado o tempo, o professor recolheu as folhas, colocou-se na frente da turma e começou a ler as redações em voz alta. Todos os alunos, sem exceção, definiram o ponto negro, tentando dar explicações por sua presença no centro da folha. Após a leitura, com a sala de aula totalmente em silêncio, o professor começou a explicar:
— Esse teste não será para nota, apenas serve de lição para todos nós. Vejam bem: Nenhum aluno falou sobre a parte da folha que está em branco. Todos centralizaram suas atenções no ponto negro. Assim acontece, também, em nossas vidas.
— Imaginemos, agora, que a parte branca da folha é o conjunto das nossas virtudes, alegrias e felici-dades. E o ponto negro é o conjunto dos nossos vícios, medos, preocupações e tristezas. Temos uma folha em branco, inteira, para observar e aproveitar, mas sempre nos centralizamos nos pontos negros.
— A vida é um presente dado a cada um de nós, com extremo carinho e cuidado. Temos motivos para comemorar sempre! A natureza que se renova, os amigos que se fazem presentes, o emprego que nos dá o sustento, os milagres que diariamente presenciamos.
— No entanto, insistimos em olhar apenas para o ponto negro: o problema de saúde que nos preocupa, a falta de