O PODER E SUAS INTERAÇÕES COM AS SOCIEDADES
Campos dos Goytacazes
2014
Inicialmente são abordados aspectos relativos ao conceito de poder e suas várias formas de manifestação. Procura-se destacar a importância da compreensão sobre os fenômenos que o cercam. Baseia-se em reflexões acerca das relações de poder. Procura percorrer o contexto de sua vida de forma introdutória e os diferentes modos de poder, perpassando pelas formas de força e disciplina. Constata-se que o poder está por toda parte e provoca ações ora no campo do direito, ora no da verdade. Deve ser entendido como uma relação flutuante, não estando em uma instituição nem em ninguém.
O poder está para as ciências sociais assim como a energia está para a física, ou seja, não se pode estudar as relações entre os homens sem compreender o fenômeno do poder, como não se pode estudar física sem conhecer sobre energia.
Bobbio (apud ESG, 1996) classifica o poder conforme o meio empregado para sua manifestação. Assim, existe o poder “econômico”, cujo meio é a riqueza; o poder “ideológico”, cuja moeda é o saber; e o poder “político”, que se vale da força como último recurso para sua manifestação. Em outro momento, Bobbio (1986) afirma que ter poder significa ter a “capacidade” de premiar ou de punir, a fim de obter o comportamento desejado. Referido comportamento também pode ser conseguido à custa de promessas de recompensas ou punições, desde que seja reconhecida a capacidade de levá-las a efeito.
Para Toffler (1990), o poder tem como fontes básicas o “músculo” (força), o “dinheiro” (riqueza) e a “inteligência” (conhecimento) com esta última apontada como a fonte de maior qualidade, pela possibilidade de incrementar a aplicação das outras fontes.
Muitos pensadores definiram o poder de diversas formas, vamos tentar entender melhor a definição de poder e suas características básicas. Partindo de algumas definições que ficaram conhecidas através de Michel Foucault. As relações de poder estão presentes