O poder da sedução
“ Já pararam para pensar como ficamos escravizados pôr determinado trabalho ou profissão? Pensemos em quantos anos nos dedicamos a isso? Infelizmente não se dedica esse mesmo empenho no próprio homem, pois como o amor nada tem a ver com ambição, passa a não ser algo muito procurado”
“A certeza em cada um de nós é a ambição e avareza, e a solidão vem como um último grito da agonia do ser humano de já não ser o elemento principal”
Se alguém ainda duvida da importância do estudo da sedução nos relacionamentos amorosos, sugiro que faça uma recapitulação histórica; então irá descobrir que o início da psicologia através de SIGMUND FREUD, se baseou nos seus primórdios exatamente nesse tema descrito. Quando FREUD descreveu a histérica(na época talvez a mais grave perturbação psíquica nas mulheres, oriunda da forte repressão sexual da era vitoriana) ele enfatizou que um dos atributos centrais da enfermidade acima mencionada era a sedução. Mais tarde já no seu trabalho como psicanalista percebeu que a sedução das pacientes para com o analista, era uma forma de comprometer este último, rebaixando seu papel e mantendo a estrutura neurótica. FREUD via a sedução como um mecanismo de defesa para manter a doença e também de ataque, contra a figura que representaria a cura, no caso o terapeuta.
ALFRED ADLER, inicialmente o primeiro colega de FREUD, classificou a sedução como uma disputa de poder entre analista e paciente, visando o domínio do próprio quadro terapêutico. A paciente nesse caso estaria apenas interessada em reproduzir os mecanismos de poder que vivencia em outras esferas.
Partindo para um estudo mais social da questão, não só a sedução é uma das formas mais dissimuladas do poder, como uma tentativa de escravizar o outro através de todo tipo de artifício, seja de natureza sexual ou não. O único objetivo é a satisfação narcisista do sedutor, sempre ocultando sua verdadeira personalidade. ADLER costumava usar a palavra “arranjo” para