O pib nosso de cada dia

O PIB nosso de cada dia

Sábado, 02 de abril de 2005, 03h00
O PIB nosso de cada dia, ou melhor, de cada ano. A soma das riquezas representadas por todos os bens e serviços produzidos num país ou mesmo região, num certo período, tem-se tornado num dos mais fortes indicadores de saúde econômica, transformando em costume a expectante espera dos números oficiais na virada de cada ano.

Há questão de alguns dias o IBGE divulgou o crescimento do PIB brasileiro em 2004: 5,2%. Resultados semelhantes obtiveram apenas em 1994, por força do surgimento do Plano Real: 5,9%. Outro soluço positivo deu-se em 2000, embora inferior mais atingimos 4,4%, provavelmente em comemoração ao rompimento das amarras do câmbio fictício, ocorrido no início de 1999. Fora isso tivemos os pífios resultados de 1998 (0,1%), 1999 (0,8%) e o retrasado 2003 (0,5%), este ultimo com razoável grau de incerteza motivado pelo terrorismo psicológico com o qual as classes conservadoras e reacionárias de sempre tentavam barrar a ascensão de Luiz Inácio à Presidência.

Vã tentativa, como se sabe, porém acabou por fragilizar perigosamente nossos números macroeconômicos com evidentes riscos de retomada do processo inflacionário, desvalorização vertiginosa do real, fuga de capitais externos de risco, queda da bolsa e o risco Brasil indo para a estratosfera.

O remédio: ortodoxia, ortodoxia, ortodoxia. Assim atravessamos 2003 sob aspectos sombrios.

Já no primeiro semestre do ano passado, surgiram as primeiras centelhas de recuperação que dentre outras conseqüências positivas mostraram o atingimento de US$ 100 bilhões nas nossas exportações e crescimento médio de 4,3% no consumo das famílias. Enquanto que no segundo semestre a certeza que estávamos saindo do vermelho.

Por outro lado o Copom/Bacen que nos deu refresco ao baixar a taxa básica do patamar de 26% a.a. para 16% em quedas gradativas até agosto do ano passado, depois de setembro retomou uma política de crescimento desses juros, fato este que