O Pessimismo estrutural e o Patrimônio Imaterial
Centro de Educação e Ciências Humanas
Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social
Gabriel Bertolo
R.A: 13710753
Trabalho de Conclusão da disciplina: Antropologia do Valor e dos Objetos
Prof.° Dr.° Geraldo Andrello
Patrimonialização da Cultura (I)material: As “culturas populares” no Passado e o Pessimismo
Estrutural
1) Introdução e breve histórico das políticas de patrimonialização
Datado de 17 de outubro de 2003, a Convenção para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural
Imaterial nos apresenta a seguinte definição:
“Artigo 2: Definições
Para os fins da presente Convenção,
1. Entende-se por “patrimônio cultural imaterial” as práticas, representações, expressões, conhecimentos e técnicas – junto com os instrumentos, objetos, artefatos e lugares culturais que lhes são associados – que as comunidades, os grupos e, em alguns casos, os indivíduos reconhecem como parte integrante de seu patrimônio cultural. Este patrimônio cultural imaterial, que se transmite de geração em geração, é constantemente recriado pelas comunidades e grupos em função de seu ambiente, de sua interação com a natureza e de sua história, gerando um sentimento de identidade e continuidade e contribuindo assim para
promover o respeito à diversidade cultural e à criatividade humana. Para os fins da presente Convenção, será levado em conta apenas o patrimônio cultural imaterial que seja compatível com os instrumentos internacionais de direitos humanos existentes e com os imperativos de respeito mútuo entre comunidades, grupos e indivíduos, e do desenvolvimento sustentável.” (UNESCO, 2006; pp 4)
Logo em seguida, define o “locus” de sua manifestação:
“2. O “patrimônio cultural imaterial”, conforme definido no parágrafo 1 acima, se manifesta em particular nos seguintes campos:
a) tradições e expressões orais, incluindo o idioma como veículo do patrimônio cultural imaterial;
b) expressões artísticas;
c) práticas sociais,