O perigo das empresas de capital misto
O ano de 2012 foi um ano de bons ganhos para o investidor do mercado de ações, mas quem apostou nos grandes páreos de antigamente, pode ter amargado um prejuízo considerável; Portos seguros de antigamente, as empresas de capital misto, estão cada vez com mais dificuldades de manter um nível gerencial competitivo e ainda assim que atenda as “políticas” impostas pelo governo.
O governo tem usado o pesado controle que possui sobre estas empresas para atender aos próprios anseios e necessidades políticas, mas sem se importar com os acionistas dessas empresas, que investiram nessas empresas e até mesmo pelo incentivo do próprio governo.
Pegamos o exemplo da Eletrobrás que começou 2012 muito bem e o que parecia ser um ano promissor com a ação valendo algo na casa dos R$17, amargou altas quedas próximo ao meio do ano, chegando a perder até 16% em um único dia, acabou fechando o ano na casa dos R$7. Os motivos: alem da falta de chuvas foi a redução das tarifas e um possível desinvestimento e possíveis problemas de caixa que isso traria.
Temos ainda o caso do BB que após anos de crescimento se viu por imposição do governo a ter de encabeçar uma baixa de juros com a CAIXA o que resultou numa queda brusca nos papeis do banco.
Mas temos o caso mais recente e talvez o mais grave, o da PETROBRAS, a empresa dos olhos do governo se vê numa crise sem precedentes que foi agravada com o reajuste não satisfatório do combustível e os altos custos de investimento desejados pelo governo.
A PETROBRAS corre o risco de perder seu rating por conta do alto endividamento, o papel da empresa já não é mais presença garantida nas carteiras recomendadas das principais corretoras. A própria Graça Foster prevê um ano sombrio para a companhia.
Virou especialidade do governo usar do “jeitinho” para fechar suas contas, mas esse novo “jeitinho” está prejudicando a economia, tirando a seriedade dessas empresas, alem do prejuízo aos investidores