Educação de jovens e adultos
Introdução
Um dos grandes problemas enfrentados pelo sistema educacional, mais especificamente na rede pública, diz respeito à evasão escolar. Trata-se de um desafio encarado na maioria das escolas, com maior frequência nas escolas de cursos noturnos, em especial nas que trabalham com a Educação de Jovens e Adultos (EJA). Segundo Beisiegel 1996, os cursos da EJA começaram a surgir no Brasil, em 1947 quando o governo propôs a alfabetização dos adultos analfabetos do país em três meses, oferecendo um curso primário dividido em duas etapas de sete meses, a capacitação profissional e o desenvolvimento comunitário, assim foi lançada a primeira campanha de alfabetização de adultos no país. Nessa época o adulto analfabeto era visto como incapaz, tanto psicologicamente como socialmente, submetido à menoridade econômica, politica e jurídica sendo impedido de votar ou ser votado. A partir daí varias pesquisas foram desenvolvidas, e teorias psicológicas foram desmistificando a ideia que se tinha do adulto ser incapaz de aprender. No início da década de 1960, junto as grandes mudanças que aconteciam na economia e na sociedade brasileira, foi desenvolvido um novo modelo pedagógico de alfabetização de jovens e adultos, que tinha como principal referencia Paulo Freire. Em 1963, o governo encarregou Freire de organizar e desenvolver um programa nacional de alfabetização de adultos, mas logo após o golpe militar, em 1964, deu-se um rompimento no trabalho de alfabetização, pois as ideias de Paulo Freire passaram a ser vistas como uma ameaça à ordem instalada. A partir daí o governo assumiu o controle do projeto, e em 1988, foi promulgada a constituição, que ampliou o dever do estado com a EJA, garantindo o ensino fundamental obrigatório e gratuito para todos. (Educação