O Pará Dividido
Resumo
Este escrito vem buscar debater os elementos do discurso sobre a divisão do Estado do Pará, apresentando os elementos da identidade regional no discurso de emancipação. Conduzindo esses por seus aspectos culturais, territoriais e fenomenológicos, esses apresentarão suas “razões” diante da do desejo de uma nova regionalização da região norte do país, principalmente da sub-região do Oeste do Pará.
Palavras-chave: região, regionalização, poder simbólico, divisão, identidade regional, discurso, particularidades.
Homem e natureza, espaço e tempo, ciência geral e ciência singular, território e lugar, região e regionalização. O mundo é formado por essas bifurcações, diferenças que acabam tornando-se uma constante mistura heterogênea. Tudo possui uma interligação ou nodosidade, e a geografia é um exemplo, “bebe” na fonte de outras ciências para construção do seu objeto, o que acaba a tornando uma ciência de síntese.
Kant assinalou em sua Cosmologia que “a criação jamais termina, jamais se completa. Uma vez iniciada, não para.” Essa é a natureza, está sempre se diversificando, mudando seus aspectos e construindo uma nova identidade. Além disso, é a responsável pela multiplicidade de recursos, entretanto, o homem é o responsável pela dimensão social e suas relações de poder. O regionalismo se faz possível devido essa dinâmica entre base territorial e disputa política
O Estado do Pará é o segundo mais extenso do país, em seu interior possui abastança de riquezas naturais, culturais e sociais. Olhá-lo apenas como um “todo” é desconsiderar suas múltiplas variantes. É necessário que haja um desmembramento para que possível seja o entendimento mais “claro” da realidade do desejo do movimento separatista do mesmo, apesar da resistência da maioria da população.
Embora seja uma região fornecedora de matérias primas e riquezas, o Estado é