O Paradoxo Do Poder Americano
NYE Jr., Joseph S. O paradoxo do Poder Americano. Tradução Tiago Araújo. Lisboa: Gradiva, 2005.
Na década de 1990 observamos a queda do sistema bipolar, configurado pelas duas maiores potências mundiais - Estados Unidos e URSS -, e assim uma mudança no sistema internacional é dada. No Pós Guerra-Fria se tem então apenas uma superpotência. Aparentemente, o que passa a existir no SI é uma balança de poder unipolar, uma hegemonia global disparada caracteriza pelos Estados Unidos como o Estado mais poderoso, seja no âmbito militar como no campo econômico, que levou alguns eruditos a considerarem como "o fim da história" – como foi possível verificar em um artigo de Francis Fukuyamaem 1992 após a queda do Muro de Berlim.
Havia uma idéia de supremacia americana nas Relações Internacionais em todos os âmbitos. Sendo o sistema internacional caracterizado por ser um unipolar onde apenas poucos fatores poderiam perturbar ou atrapalhar os planos norte-americanos, contudo não poderiam fazer frente ao ponto de derrotar os Estados Unidos, um sistema unipolar estável baseado na manutenção da ordem através de um único hegemona. O que não se esperava, entretanto, era que diversos fatores do pós Guerra-Fria tornassem por emergir e deixar a vida das - segundo os realistas – caixas pretas tão difíceis. Os Estados Unidos seguem com uma política unilateral e uma percepção de mundo que mantinha o poder americano como absoluto, a partir das capacidades militares onde o sol nunca se punha e do poderio econômico americano. Porém, algumas figuras começam a aparecere mostrar que o mundo mudara assim como os atores que agora estavam por atuar no palco das relações internacionais. A partir da década de 1970 ocorre no Vale do Silício o que consideramos ser a III Revolução Industrial. Esta revolução da informação – como chamada por Nye – é por vez dada através dos avanços “tecnológicos em computadores,