O PAPEL DA ESCOLA FRENTE AOS DESAFIOS DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA
Sandra Maria Marques Parreira
A educação inclusiva é um desafio presente não só nas preocupações cotidianas dos educadores, mas de toda comunidade escolar, família, governo e sociedade.
O papel articulador da escola nessa temática é de significativa relevância para o desempenho das ações emergentes do desafio de educar orientado nos princípios inclusivos.
A inclusão de alunos com necessidades especiais nas classes de ensino regular vêm ganhando espaços cada vez mais significativos, tornando eminente a necessidade de uma gestão de qualidade que invista em diferentes recursos para garantir uma aprendizagem significativa.
A escola inclusiva, ao proporcionar a oportunidade do convívio entre alunos ditos normais e alunos com necessidades educativas especiais, torna o aprendizado significante pela troca de saberes e experiência ao mesmo tempo em que constrói um indivíduo mais solidário e tolerante com as diferenças.
Ao propormos uma reflexão sobre o papel da escola diante dos desafios da educação inclusiva, almejamos que esta perpasse transformações necessárias para atingir seus objetivos de tornar-se um espaço de aprendizagem humanizado, onde os alunos construam seus conhecimentos sendo respeitados em suas habilidades e potencialidades, e “protegidos” do preconceito, da discriminação e da segregação.
Mas, o que de fato se espera de uma escola inclusiva para que tais transformações ultrapassem o nível do senso comum e atinja os reais objetivos descritos nos textos legais e socialmente vislumbrados?
A Declaração de Salamanca (UNESCO 1994) defende que “Escolas regulares com orientação inclusiva constituam meios mais eficazes de combater atitudes discriminatórias criando comunidades acolhedoras, construindo uma sociedade inclusiva e alcançando a educação para todos”. Porém, para investir nesse processo pressupõe-se não só a dedicação dos profissionais educadores, mas também o investimento do Estado