O papel da consciência na reforma religiosa
A Europa do período moderno sofreu várias e notáveis transformações: os descobrimentos e colonização de terras até então desconhecidas, a invenção da imprensa, desenvolvimento da ciência, maior procura de conforto, entre outras. Politicamente a Europa também mudou, na medida em que muitos monarcas começaram a governar de uma forma completamente absoluta. Mas, não ficam por aqui as transformações ocorridas no Velho Continente: a nível religioso, e influenciada por todo o tipo das outras transformações, a unidade do cristianismo desapareceu sem nunca mais ter tido oportunidade para se recuperar. A Reforma e a Contra-Reforma foram movimentos que representaram a grande transformação religiosa da época moderna. Este conjunto de movimentos de carácter religioso teve início no século XVI, na Alemanha. Ocorreu paralelamente ao renascimento cultural humanista. Estes movimentos entre católicos reivindicam a reaproximação da Igreja do espírito do cristianismo primitivo contudo, a resistência da hierarquia da Igreja leva os diferentes reformadores a constituírem confissões independentes. O que vou tentar fazer neste trabalho é mostrar quem foi o grande impulsionador destas reformas, mostrar a sua importância nos principais movimentos religiosos do século XVI e a contribuição da consciência para o desenvolvimento dos mesmos. A vida de Martinho Lutero
Nasceu a 10 de Novembro de 1483, em Eisleben, na Alemanha e faleceu a 18 de Fevereiro de 1546 na mesma cidade que o viu nascer. Estudou latim na escola de Magdeburg (1497) e Eisenach (1498-1501). Posteriormente, ingressou na Universidade de Erfurt, onde obteve o grau de bacharel em artes (1502) e de mestre em artes em (1505). O seu pai sempre quis que ele fosse advogado e, este fez o que lhe tinha sido pedido pelo pai. Mas, interrompeu-os rapidamente, entrando assim no mosteiro dos agostinianos ainda em Erfurt. Foi consagrado padre em 1507. E em 1512, formou-se doutor em Teologia. É nesta altura que