O Panoptismo e O Filme a Onda
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1-Introdução O presente trabalho constitui-se de aspectos ideológicos apresentados no filme "A onda". Iremos relacionar a seguir as percepções às questões discursivas pertinentes ao Panoptismo abordado no livro Vigiar e Punir de Michel Foucault. A ideologia autocrata encontrada no filme, A onda, é consolidada por meio da prática discursiva empregada pelo professor Rainer Wenger. Nela, se estabelecem condutas provenientes de uma cultura fascista. A impregnação de tal ideologia instala-se por meio de um discurso propositalmente controlado. É por meio desta produção discursiva que uma voz controladora se organiza e se redistribui. O professor se declara o líder do movimento da “onda”, exorta a disciplina e faz valer o poder superior do grupo sobre os indivíduos. Os estudantes o obedecem cegamente. Nota-se na figura hierárquica de Wenger, a interdição, procedimento de exclusão crescente, estabelecido por meio da coletividade. Uma vez que, seus alunos desenvolvem uma postura sentenciosa (uniformidade, reconhecimento de líderes, condutas fechadas). Sob estes aspectos, o detentor de uma postura que inicialmente poderia ser revertida é Wenger. Posto que seu aspecto didático exteriorizou de forma insatisfatória as condutas posteriores de seus alunos. A escola inteira é envolvida no fanatismo d’A onda, e o professor perde o controle da experiência pedagógica, que passou ao domínio da realidade cotidiana da comunidade escolar. São factuais também, os aspectos históricos como sítio, pós-guerra e/ou pretensões políticas, todavia, não entraremos no mérito histórico, mas sim sociológico.
2- Análise Discursiva No filme observa-se que o poder de persuasão cabível ao docente, faz valer a capacidade humana de se apropriar do que lhes é válido, ou seja, representar o que lhes é ideológico, submetendo toda uma coletividade, e/ou uma seres sociais (discentes), a uma situação de desconforto ou até mesmo