O paciente neurológico
O PACIENTE NEUROLÓGICO
O sistema nervoso central contém uma vasta rede de neurônios que controlam as funções vitais do corpo. Contudo, esse sistema é vulnerável, embora sua função ótima dependa de diversos fatores importantes. Dentre eles, destacam-se a sua própria integridade estrutural e o controle da pressão intracraniana que interferem na homeostase daquele órgão. A capacidade de receber oxigênio e nutrientes para manter sua função também é um fator a ser avaliado.
A alteração do nível de consciência fica evidente no paciente que não está orientado, não segue os comandos ou necessita de estímulos persistentes para alcançar um estado de alerta. O nível de consciência é avaliado de forma contínua, indo desde o estado normal de alerta e cognição plena
(Consciência) até o coma.
O coma é um estado clínico de inconsciência no qual o paciente não tem consciência de si mesmo nem do ambiente por períodos prolongados (dias, meses ou, até mesmo, anos). O mutismo cinético é um estado de não-responsividade do paciente ao ambiente, caracterizado por ausência de movimento ou de emissão de som; mas por vezes, ele responde abrindo os olhos. O estado vegetativo persistente é uma condição em que o paciente é descrito como acordado, mas não-consciente, sem função mental cognitiva ou afetiva.
As alterações no nível de consciência ocorrem ao longo de um continuum, e as manifestações clínicas dependem de onde o paciente nele se encontra. À medida que o estado de alerta e a consciência do paciente diminuem, pode haver alterações na resposta pupilar, resposta de abertura do olho, resposta verbal e resposta motora. As alterações iniciais podem refletir-se através de alterações comportamentais sutis, como a inquietação ou ao aumento da ansiedade. As pupilas, normalmente arredondadas e rapidamente reativas à luz, ficam lentas (a resposta é mais lenta); à medida que o paciente fica comatoso, as pupilas tornam-se fixas (sem resposta à luz. O paciente em coma