O Ouro na Colônia Portuguesa
O ciclo do ouro ocorreu no final do século XVII, época em que as exportações do açúcar nordestino diminuíram. Essa diminuição na exportação do açúcar brasileiro se deu ao fato de os holandeses terem iniciado a produção deste produto em suas colônias da América Central.
Com esta queda na produção açucareira, os colonos portugueses se viram obrigados a buscarem novos meios de obterem riqueza do solo de sua colônia, de modo que pudesse reverter tal patrimônio à Coroa Portuguesa, e foi justamente neste momento em que foram descobertas as primeiras minas de ouro no Brasil, mais especificamente nas regiões de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso.
Então, com a exploração do ouro, esta atividade tornou-se a mais lucrativa no período colonial, e a capital da colônia, que até então se localizava em Salvador, mudou-se para o Rio de Janeiro, sob ordens do governo português, como meio de estratégia de aproximar a capital às regiões auríferas.
Porém, a Coroa Portuguesa cobrava altos impostos sobre o minério extraído, sendo tais impostos recolhidos pelas Casas de Fundição – órgão responsável pelo arrecadamento das taxas, e onde também o ouro era transformado em barras.
Os principais impostos eram:
• Quinto – 20% de toda a produção do ouro pertenceriam ao rei português;
• Derrama – a colônia deveria arrecadar uma quota de aproximadamente 1.500 kg de ouro por ano, e caso, essa quota não fosse atingida, penhoravam-se os bens de mineradores;
• Capitação – imposto pago por cabeça, ou seja, para cada escravo que trabalhava nas minas era cobrado imposto sobre eles.
Essas cobranças de impostos, taxas, punições e o abuso de poder político português sobre o povo nativo, geraram enormes conflitos contra os colonos, culminando, desta forma, em diversas revoltas sociais. Entre elas, a mais importante foi, sem dúvida, a Inconfidência Mineira, ocorrida em 1789 e liderada por Joaquim José da Silva Xavier, mais conhecido como Tiradentes.
O período do ciclo do