A Economia Colonial na América e a luta entre os Estados Europeus (sécs. XVI-XVIII)
Parte 1 – Espanha, Portugal e as colônias de primeira e segunda geração
1. O pioneirismo de Portugal na expansão ultramarina
- Portugal já buscava a exploração das ilhas do Atlântico e a rota para as Índias antes do desafio otomano
- Portugal concorria no mercado de açúcar com o monopólio veneto-aragonês, atuante no Mediterrâneo
- As rotas terrestres pela Ásia ainda estavam abertas quando a expansão portuguesa se inicia
Egito, principal entreposto para especiarias, só ocupado pelos turcos em 1517
Vasco da Gama já havia chegado a Calicute em 1498
- Assim, a expansão portuguesa é expressão da revolução comercial em Portugal, e não reação à expansão turca
- A conquista de terras na América em 1500 tinha pouca importância na política ultramarina até 1530
2. A conquista espanhola inicia uma corrida colonial na América
- Descoberta da América e contatos com civilizações americanas foram assunto meramente comercial até 1517
- Conquista dos Impérios Inca e Asteca permitem à Espanha iniciar rapidamente a exploração de ouro e prata
Surgem as “colônias de primeira geração”, extrativistas de metais preciosos
- A descoberta de metais preciosos e a hegemonia espanhola na América passam a ser um assunto militarestratégico
Temia-se o aumento do poder militar e territorial da Casa de Habsburgo na Europa
- Para Portugal, Inglaterra e França, estabelecer posições fortes na América exigiria um esforço extraordinário
Não haveria base econômica para sustentar o esforço de ocupação territorial
Caso uma solução para a ocupação não fosse encontrada, terras auríferas seriam totalmente ocupadas pela coroa espanhola
3. A corrida colonial na América traz grandes prejuízos aos cofres públicos dos Estados europeus
- Para Portugal, ocupar e defender terras na América significava o desvio de recursos aplicados no comércio asiático
Comércio com a Índia e a China era a