Resumo - Formação Econômica do Brasil - cap. 1 ao 7
Parte Um – Fundamentos econômicos da ocupação territorial
1. Da expansão comercial à empresa agrícola
A ocupação econômica das terras americanas pela Europa não é um caso de expansão demográfica, mas sim de expansão comercial intensa a partir do século XI, que alcança elevado grau de desenvolvimento no século XV, quando as invasões turcas criaram dificuldades às linhas orientais de abastecimento de produtos de alta qualidade e manufaturas. A descoberta das terras americanas pelos portugueses rendem os primeiros frutos para os espanhóis, sendo o objetivo dos europeus o ouro acumulado pelas velhas civilizações, sendo essa a razão de ser da América. A legenda de riquezas por descobrir corre a Europa, o que gera interesse pelas novas terras, o que contrapõe Espanha e Portugal, “donos” dessas terras, às demais nações europeias, logo, a ocupação deixa de ser um problema comercial, pois intervêm fatores políticos. A Espanha transforma seus domínios numa imensa cidadela. Outros países tentam estabelecer-se em posições fortes, seja como ponto de partida para descobertas compensatórias, seja como plataforma para atacar os espanhóis. O início da ocupação econômica do território brasileiro se dá em boa medida pela pressão política exercida sobre Portugal e Espanha pelas demais nações europeias, prevalecendo o princípio de que os espanhóis e portugueses não tinham direito senão àquelas terras que houvessem efetivamente ocupado. Dessa forma, quando, por motivos religiosos, mas com apoio governamental, os franceses organizam sua primeira expedição para criar uma colônia de povoamento do continente, a primeira, na costa setentrional (norte) do Brasil. Os portugueses acompanhavam de perto esses movimentos e até pelo suborno atuaram na corte francesa para desviar as atenções do Brasil. Contudo, ficava cada dia mais claro que se perderiam as terras americanas a menos que fosse realizado um esforço para ocupa-las de forma permanente. Esse esforço significava