economia mineradora
Portugal, após a restauração de 1640 e a posterior expulsão dos holandeses em 1654, mergulhou numa profunda crise econômica. Os dois eventos foram extremamente dispendiosos ao tesouro português. Além disso, a economia açucareira nordestina entrou em decadência por força da queda dos preços no mercado internacional e da concorrência antilhana.
A Coroa portuguesa precisava encontrar novas fontes de renda na sua principal colônia, por isso incentivou a procura de riquezas no interior. Títulos e recompensas eram oferecidos a quem se dispusesse enfrentar os perigos do desconhecido para encontrar pedras e metais preciosos.
O esforço dos bandeirantes acabou sendo recompensado: em 1693 foi descoberto ouro, e logo depois diamantes, no atual território de Minas Gerais. Os paulistas começaram a explorar as riquezas. Logo em seguida habitantes de outras regiões da colônia e da Metrópole afluíram em grande número para a região das minas.
Os paulistas se julgavam, como descobridores, os únicos com direito a explorar as riquezas minerais e reivindicavam das autoridades medidas para garantir o que julgavam seus direitos. O conflito acabou provocando um choque armado entre paulistas e emboabas, como eram chamados os forasteiros. Foi a Guerra dos Emboabas.
Muitos paulistas acabaram deixando a região, indo para o interior do Mato Grosso e Goiás, onde também descobriram ouro.
Uma das conseqüências da Guerra dos Emboabas foi a criação da capitania de Minas Gerais, desmembrada da de São Vicente.
A sociedade mineradora
A sociedade da região mineradora, diferentemente da sociedade açucareira, caracterizou-se pela existência de uma mobilidade social, embora fosse também escravista. Homens livres pobres poderiam fazer fortuna na mineração e no comércio. Mesmo os escravos, tinham maiores possibilidades de alterarem sua condição através da compra da alforria.
Uma outra característica da sociedade mineradora era seu caráter urbano. Vários centros urbanos se