O olfato humano
1 INTRODUÇÃO
A nossa percepção de mundo depende dos nossos cinco sentidos. Neste trabalho pretende-se mostrar a importância do sentido do olfato de seres humanos e todo seu mecanismo, desde a recepção pela cavidade nasal, até a decodificação da informação pelo cérebro. Seu meio de ação principal é químico e possui uma relação direta com áreas superiores e primitivas do cérebro. É fascinante e ao mesmo tempo, intrigante.
2 O OLFATO HUMANO E SUA IMPORTÂNCIA
O homem primitivo certamente utilizava mais o sentido do olfato que o homem da sociedade atual. A poluição trazida pela industrialização, que forma intensas camadas na atmosfera, acaba por interferir na redução da capacidade de captarmos os cheiros. Outros fatores também influenciam como a correria da vida moderna, que nos distancia de nossos sentidos primitivos e naturais, uma alimentação inadequada, que muitas vezes provoca uma produção excessiva de muco e o consumo de cigarros, impedindo de desfrutarmos integralmente os cheiros, que são tão essenciais, para que possamos compreender mais sobre o mundo e sobre nós próprios.
O sentido do olfato é tão importante quanto os outros quatro e está intimamente ligado ao paladar. Há uma grande vantagem se comparado ao paladar, pois não necessita de um contato direto com o elemento, o que lhe confere menor exposição a possíveis estímulos lesivos. “O sentido do olfato forma a maior parte daquilo que normalmente consideramos como o sentido do paladar”.[1] O alimento se torna mais atrativo, pois além de aguçar nosso paladar, nos conquista pelo seu odor. Quando estamos resfriados, por exemplo, nossas vias nasais ficam obstruídas e muitas vezes ao ingerir algum alimento percebemos uma grande diferença, como se perdesse o sabor, apesar do paladar estar cumprindo o seu papel.
Uma outra característica do olfato é a sua capacidade adaptativa, ou seja, após a exposição intensa ou prolongada de um cheiro, este passa a