O norte é o sul: a participação da UnB no Programa Estudantes-Convênio de Graduação (PEC-G)
1. INTRODUÇÃO
A partir da última década do século XX, assiste-se a uma aceleração dos processos de globalização. Esses movimentos, múltiplas globalizações, ocorrem nos mais diversos campos. No das finanças e capitais, a desregulamentação dos mercados aliada à maior mobilidade internacional do capital aumentam os fluxos de capital, tendo o dólar como moeda global – quase – hegemônica. Os mercados passam a ser integrados, à escala internacional, por meio de alianças estratégicas e de formação de blocos econômicos, aumentando assim o fluxo de pessoas e mercadorias.
Esses processos são acelerados pelo surgimento de novas tecnologias de comunicação, que encurtam o tempo e o espaço nas relações inter-pessoais. Há, assim, uma tendência a universalização de certos tipos de vida dominantes, como o “american way of life”, com seus padrões de consumo, fluxos culturais e de idiomas. Essa globalização dos modos de vidas e valores gera a construção de um lugar imagético, no qual se quer estar, mas no qual não se está. Nesse processo, fenômenos como o da imigração tornam-se frequentes.
Diante desse quadro de intensas e aceleradas mudanças, o papel do Estado passa a ser questionado, ou redefinido. Novos atores – sub-nacionais, nacionais e internacionais – acabam por restringir o papel do Estado e de seus parlamentos e governos, o que implica uma perda de soberania. Assim, também, as relações de poder das quais o Estado participa, são alteradas, criando novos formatos de cooperação internacional.
A mudança no mundo afeta a maneira de vê-lo. Os regimes democráticos proliferam-se e unem-se em um sistema político e econômico global, com liderança de poder centra e a presença de novos atores não-estatais. Novas relações entre o local e o global aparecem, em um processo sociocultural que aumenta os fluxos de pessoas, mercadorias e ideias.
Novos valores, novas ideias, novos conceitos,