Orçamento
Um novo mapa geopolítico dos países africanos reforça o modelo de reestruturação do sistema global, consolidado pela classe dominante internacional e pela internacionalização do mercado mundial de capitais. Nesse contexto, o continente africano deixa de ser apontado unicamente como foco de problemas sociais, políticos, étnicos e principalmente econômico, ressurgindo no cenário global atual como um continente que deve ser pensado coletivamente, com estratégias que possam priorizar o desenvolvimento de seus países e a melhoria dos indicadores sociais, econômicos e demográficos.
Desse modo, os chefes de Estados do bloco menos desenvolvido ou em desenvolvimento são orientados e monitorados pelo bloco dominante (desenvolvido) a buscarem ajuda e a estabelecerem acordos de cooperação internacional com objetivos multilaterais e alguns países africanos nessa perspectiva, consideram os Estados Unidos parceiro estratégico de extrema importância no processo de reestruturação de suas nações.
Como estratégia de dominação, o grupo dos países mais desenvolvidos (G8), presidido pelo Primeiro-Ministro Tony Blair, nesse ano de 2005, escolheu o continente africano como pauta prioritária para sua política externa, já que em 2004 o Primeiro-Ministro estabeleceu a Comissão para África. (CASTLES Y MILLER, 2004)
A amplitude dos intercâmbios comerciais e culturais pela integração de países, a transnacionalização de atividades de grandes empresas organizadas a nível mundial, o crescimento dos intercâmbios de produção, comercialização, abastecimento e informacionalização, que, fundamentalmente, tem sua importância na geopolítica global entre países, graças à liberalização e desregulamentação dos mercados, tudo isso têm gerado dentre outros fatores, uma grande onda de mobilidade espacial de indivíduos a nível planetário.
Nesse contexto de políticas de cooperação internacional e no âmbito da globalização, são analisadas as novas