O NOME DA ROSA
No filme o Nome da Rosa, é possível perceber problemas relacionados aos estudos de literatura. A trama se desenvolve quando o franciscano William de Baskerville dirige-se ao Mosteiro Beneditino (um dos mais famosos da Europa) para discutir com o grupo de franciscanos, questões relacionadas à heresia, levando consigo o noviço Adso Von Melk. Ao chegar lá, deparam-se com acontecimentos estranhos, crimes misteriosos, onde o mesmo dá início as investigações (apesar da resistência de alguns dos monges, que acreditavam ser obra do demônio). Podemos considerar que esse mistério se desenvolve diante de três aspectos: a religião, pois é a realidade que rege toda a Idade Média; o amor aos livros, a importância do mesmo, remetem ao conhecimento e que estão sob poder da Igreja; o riso, considerado pela Igreja como pecado.
Logo no início, podemos perceber a excomunhão entres as partes, aos que vivem dentro do mosteiro (puros) e os que vivem fora dele (impuros). É a luta da Igreja contra o estado, pelo controle da sociedade medieval. Juntos, William e Adso descobrem a biblioteca do mosteiro (umas das mais famosas da Cristandade, em forma de labirinto), e vão em busca de respostas para os fatos ocorridos, nesse imenso labirinto de inúmeras possibilidades. Deduzindo a correlação, ou seja, o fato da biblioteca ser extremamente secreta (restrita, poucos tinham acesso), e consequentemente o desvendar dos problemas, relacionado a um livro (apócrifo) de Aristóteles, que falaria sobre comédia. Depois de rirem daquilo que tinham lido os monges morriam envenenados, era o preço que pagavam por lerem um livro de literatura inadequada. Pois na Idade Média, o lugar do cômico e do sério ainda não estavam bem definidos, haviam muitos debates em torno do assunto.
De um lado temos aqueles que dirão que o riso mata o temor e impede a fé, em contra partida aqueles que defendem outra concepção. Sendo assim,