o nome da rosa
Neste enredo centrado na Era Medieval, em um dos inúmeros mosteiros que se disseminaram nesta época por toda a Europa, uma série de crimes abala o recanto sagrado e um frade franciscano, Guilherme William de Baskerville, detetive que se comporta como o famoso Sherlock Holmes, neste livro homenageado pelo nome do protagonista, que alude a uma das histórias mais conhecidas deste herói das narrativas policiais, O Cão dos Baskervilles. O personagem principal é assessorado por seu discípulo, o noviço Adso de Melk.
Os dois religiosos mergulham sem hesitação nos meandros mais obscuros e labirínticos desta inquirição, apesar dos obstáculos criados por alguns dos integrantes da ordem local. Seguindo todas as pistas e indícios possíveis, eles descobrem finalmente o que motivou os assassinatos. William e Adso concluem que eles estão associados à existência de uma biblioteca que preserva secretamente obras consideradas apócrifas, ou seja, não aceitas pela Igreja Medieval. Eco cria uma suposta obra do filósofo Aristóteles que versa sobre a questão do riso. Empenhado em não permitir que este livro se torne acessível a todos, o monge comete seus crimes com as armas da intolerância e da mais completa irracionalidade.
Com a leitura desta obra é possível observar como é a vida no interior de um monastério da Idade Média. O leitor se vê diante da oportunidade de compreender como a Igreja, nesta época mais que em qualquer outra, impediu a livre disseminação do saber, mantendo nas trevas o homem medieval, daí ser este período conhecido justamente por seu mergulho nas sombras, graças à obstinação