O nome da rosa
FACULDADE DE DIREITO
Sociologia Geral e Jurídica
Ana Paula Carvalho, Brunna Ruzzon, Ingid Bonadiman, Miriã Lustoza, Pedro Henrique Meira, Thaís Martins.
O NOME DA ROSA
Campo Grande
2011
Em “O nome da rosa” somos transportados a um cenário medieval com a descaracterização do feudalismo e o aparecimento do sistema capitalista. Durante esse período mudanças econômicas, políticas, sociais e religiosas eram constantes. Uma curiosidade é que é nesse período de Modernização que os choques ideológicos acontecem: de um lado a ascensão do racionalismo e antropocentrismo e do outro o pragmatismo e teocentrismo da Igreja. Nosso filme de estudo apresentou uma variada gama de passagens filosóficas que culminaram na busca pela verdade absoluta, a solução de um problema e tentativa de investigação. A personagem Willian, franciscano enviado para solucionar a “lenda” que circula o mosteiro, através de um método empírico de solução, desvenda o problema local. Santo Agostinho, um filósofo cristão, descreve em sua Doutrina que tudo que é necessário para a construção da fé, ainda que seja de origem pagã, deve ser utilizado para reafirmar o cristianismo. Nessa ponte pagã-cristã, temos a presença da dualidade filosófica e científica. Grande parte da trama apresentada no filme é decifrada a partir da biblioteca. Como eram comuns durante a Idade Média, as bibliotecas possuíam alas secretas onde textos que ameaçavam a cristandade ou eram declarados pagãos ficavam escondidos. Essa sabedoria era apenas passada aos monges copistas ou grandes bibliotecários. Aristóteles, como citado na obra, é responsável pela descrição pagã em seus textos: a comédia poderia criar uma espécie de escudo contra o temor a Deus e dessa forma, a Igreja, enquanto instituição faleceria. A informação restrita ao alto clero fazia com que a população ignorante aceitasse o